Bahia. 17 de junho de 2020.
Rumo a Itaeté, no momento pra lá de histórico me perguntei quais eram os reflexos da pandemia em uma cidade que visitei algumas vezes na minha vida, município pertencente á Chapada Diamantina, e que tem a tradicional balsa que liga com a cidade do outro lado do Rio Paraguassu, Santa Luzia. 

Sei que minhas raizes circulam por lá. Meu avô, falecido quando eu tinha 6 anos adquiriu a fazenda São Jorge quando meu pai era criança e eu fui pela primeira vez com um mês de nascido.

Na estrada parei em alguns momentos para retratar algumas histórias no caminho. É bastante claro. A adaptação, mesmo que cheio de mortes no carrinho, vem. O inimigo invisível somado com a falta de informação, fake news, e mais uma serie de preconceitos estruturais ainda nos "permeia". Qualquer bom engenheiro sabe que a primeira fase da obra é preparar o terreno, isso vai desde a primeira parte burocrática de orçamento, documentos e pesquisa até a parte de cavar buracos, alinhar, (inserir nomes técnicos). Nosso terreno está podre. Carregado de preconceitos e injustiças. 
André Luiz, vendedor de melancia na estrada entre milagres e Iaçu.
João, trabalha para a prefeitura de Itaetê na barricada na entrada da cidade, a função dele é bombear uma solução com água sanitária nos pneus dos veiculos que entram na cidade. 
Ueverton, frentista de um dos postos de combustível da cidade. Comentou sobre os poucos casos que Itaité tinha na época, 
Crispim e seus ajudantes, responsável por passar os motoristas e pedestres entre as cidades de Santa Luzia e Itaetê.
A primeira Balsa de Itaetê, foi meu avô que mandou construir para escoar a produção da fazenda, até hoje o transporte é feito da mesma forma que anos atras. 
A Balsa é signo importante para entender a relação de trabalho e de transporte da cidade de Itaitê, muito rudimentar, a passagem é feita de maneira braçal, normalmente realizada por um funcionário da prefeitura
Karoline Cajaiba, moradora do município de Itaeté.
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